segunda-feira, dezembro 29

Este ano quero...

Este ano quero fazer 500kms numa noite só para molhar os pés no mar,

Quero viver um dia de cada vez,

Quero realizar uma montanha sonhos,

Quero rir, sorrir e amar,

Quero um fogo de artificio de surpresas,

... Quero ...

Quero que sejas verdadeiramente feliz....


terça-feira, dezembro 23

Querido Pai Natal

muito que não te escrevo porque há muito me esqueci de quando acreditava em ti. Esta noite porém quero fazer algo diferente, quero sentir-te por perto para que a noite de Natal tenha neve, luzes e alegria.
Vou fazer de conta que tenho 5 anos e mundo inteiro no sapatinho. Diz-me que vens de surpresa e me tiras do caminho, que me abraças, contas historias e ris baixinho. Traz de volta o cheiro da lareira acesa, a noite gelada, os amigos e a fogueira. Faz isso... Faz!
Este Natal realiza os meus sonhos, não me deixes sozinha.
A todos vocês que fazem milagres com um sorriso, dão a mão quando é preciso, ouvem tudo com atenção e ainda aconselham, ajudam e aturam, a todos os que partilham a minha escrita a minha vida, vocês que são o meu Pai Natal todos os dias,
OS VOTOS DE UM DOCE E FELIZ NATAL!
Que todos os vossos desejos sejam concedidos e todos os vossos sonhos realizados.

quarta-feira, dezembro 10

Cold December

Faz uma eternidade que não escrevo... perdi o jeito.

Houve um tempo em que queria escrever sobre tudo, desde aqueles que me rodeiam até aquilo que sonhava, tudo e todos desvendados num rol de palavras atabalhoadas acorrentadas umas nas outras, revelando-se, despindo-se de todo o sentido, aqui expostas para que (numa atitude muy altruista) deixassem de doer em mim e passassem para ti para que os transformasses, realizasses e eu me realizasse através de ti.

Neste processo de aprendizagem tentativa-erro, fiquei com a certeza que não podes esperar dos outros aquilo que os outros esperam de ti. Sei agora que não há certo ou errado, nem luz no fim do caminho.
Dezembro gela-me por dentro todos os dias um bocadinho, nada de chocolate quente nem um abraço pelo meio, está vento... e neve... e frio... Lembro-me de ti...
Desejo que encontres um baloiço num sorriso, uma casa num abraço e nenhuma pedra no caminho.

domingo, novembro 16

Domingo à tarde


Dormi mal esta noite, por dormir mal, acordei menos bem e por acordar menos bem tive um dia menos bom.

Passo muitas horas sozinha e nestes dias, os pensamentos que geralmente me acompanham ganham peso, já não voam, marcam o passo e fazem-se ouvir como num sótão de chão de madeira, igual ao da casa da minha avó, aquela madeira antiga, que range... Pé ante pé, um pensamento e depois o outro a ranger cá dentro, um nó na garganta e a lengalenga:

- Vais cair, vais perder, vai doer... vais cair...

Penso na inutilidade do monólogo, as horas que passo comigo hoje dão-me náusea. Quando já pensaste em tudo mil vezes e nada mudou , o que te resta? Venho aqui e disserto, ponho a nu as opiniões que acho que tenho porque já pensei tanto nelas que, me parece, deixaram de fazer sentido. Tenho de mudar isto, deixar de ser aquilo, compreender, assimilar, aprender, dar, dar muito, dar mais, dar tudo. Terapia, partilha, expor o que posso expor do tudo que tenho cá dentro. O que mudaste hoje? Tudo igual a ontem. Um nó na garganta.
- Vais cair, vais perder, vai doer... vais cair...

Somos todos criaturas de hábitos, eu tenho alguns. Um deles era chegar a casa dela e enquanto abria a porta chamava-a. Oh vóoo! e ela respondia de onde estivesse UuuH! Sempre que ponho a mão na porta tenho de sufocar o chamamento, quando a porta se abre sei que não vou mais ouvir resposta. Hoje raramente lá vou. Um nó na garganta.
- Vais cair, vais perder, vai doer... vais cair...
Finalmente. O nó na garganta e os olhos que chovem.
Tu que me lês, o que Sentes? Levas-me contigo mal fechas esta pagina?
Eu sei, não te preocupes, não faz sentido.

Leste-me? Então ouviste-me.

Esquece-me.
Esquece-me agora porque foi só enquanto me leste que mais precisei de ti.

terça-feira, novembro 11

O COPO DE ÁGUA COM SAL

"O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal dentro de um copo com água e em seguida bebesse.
- "Que tal é o gosto?" - perguntou o Mestre.
- "Muito mau " - disse o rapaz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse noutra mão cheia de sal e o acompanhasse.
Os dois caminharam em silêncio até um lago, onde o velho pediu ao jovem que deitasse o sal, dizendo-lhe logo depois:
- "Bebe um pouco desta água".
Enquanto a água escorria pelo queixo do jovem, o mestre perguntou:
- "Que tal é o gosto?"
- "Muito bom!" - disse o rapaz
- "Sentes o gosto do sal?" - perguntou o mestre.
- "Não" - disse o jovem.

Então o mestre sentou-se ao lado do jovem, pegou-lhe na mão e disse:

A dor na nossa vida não muda.
Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos.
Então, quando sentires tristeza ou dor, a única coisa que deves fazer é deixar de ser copo e tornares-te lago..."

domingo, novembro 9

MakTub

Depois de um primeiro ensaio, é fácil ver porque não escrevo um livro.

As conjunturas necessárias para a composição de uma trama, nem sempre são fáceis de produzir ou mesmo encontrar.

A historia ou estoria, seja ela conto, romance, policial ou fantasia, faz-se encontrar. São eu e tu e aquilo que nos envolve, o que somos, o que queremos, para onde vamos. Daí nasce o fio condutor, polvilhamos com uma ou duas intrigas, suspense, acção, fazemos uma estoria da historia e fantasiamos. Adicionamos lágrimas, tragédias, desespero (tudo o que a vida nos dá), um coração que bate mais forte e o olhar suspenso num outro personagem só para o leitor não perder uma pitada da love story.

Está atento(a) a tudo o que te rodeia, ouve e estuda os que te envolvem, interpreta os seus comportamentos, todos nós, eu, eles e tu, fazemos as nossas próprias tramas.

Prender o leitor é outra tarefa e tanto. Pensa comigo. Tens a historia que imaginaste, os personagens que são tal e qual o que pediste, e agora? O ritmo! A trama desenvolve-se a um ritmo lento? Não prendes o leitor. Demasiado rápido? Perde o espírito. Tens de encontrar o ritmo certo, como o do piano, entrelaçar as historias, surpreender...


Parece fácil?


"No engenho há arrojo e magia".


Não sou arrojada, não tenho magia e nunca fui engenheira.
Estava escrito!

sábado, novembro 8

- Devias escrever um livro.

Ensaio nº1
As coisas que dizes

Uma noite sem data, dois sofás, uma lareira que crepita. Lá fora chove, neva ou faz vento, o cenário que quiseres. Duas chávenas de chá ou de café que enchem o espaço com o seu cheiro. Duas personagens de sexos diferentes, dois amigos, dois amantes, dois desconhecidos (deixo-te aqui, como no cenário, imaginares o que quiseres), sentados lado a lado ou frente a frente.
Discutem e falam muito, partilham tudo como o cenário que os encerra. O tempo, a politica, as noticias, falam de coisas superficiais, exprimem opiniões, falam de tudo, desde a música que gostam aos livros que leram. Falam com entusiasmo, com resignação, com paixão ou saudade, falam com intimidade mas estranham-se por vezes, surpreendem-se um com o outro, um pelo outro, um do outro. Falam e descobrem-se: mundos diferentes, vivências diferentes, pontos em comum. Perdem-se no discurso, têm ausências provocadas por lembranças e saudades, mudam de tema e nem reparam nas horas que passaram. Por vezes sabem tudo um do outro, outras nem se conhecem.

- As relações só podem estar ligadas a dois sentimentos, ou amas ou odeias. Todos os outros sentimentos derivam destes. Não concordas?

- Depende… Amas-me ou odeias-me?

Desconstroem teorias com a facilidade das crianças, debatem as frases feitas, as teorias filosóficas, os grandes autores. Sociologia, Psicologia, Matemática e Economia, Teologia, Astronomia e Filosofia, Historia e Ciência, tornam tudo tão fácil de explicar. Reinventam as soluções, simplificam e outras vezes complicam para terem mais do que falar. Dissecam todas as formas de comunicar.

- Odeio-te!

Não têm idade nem profissão, são eles, ali e agora. Num lado a lado, num frente a frente. Cansam-se, querem parar de falar mas não querem deixar de se ver. Ás vezes sentem que o espaço entre eles se estreita, que as paredes se movem consoante o tom da conversa, que as palavras os embalam ou os despertam, os une ou separa. Têm:
desejo, ciúme, vontade, saudade, sentimento,
Amor
curiosidade, medo, repulsa, saturação, inveja, ciúme,
Ódio
Têm-se um ao outro e é tudo o que precisam. Outras não. Tocam-se por vezes, por fracções de segundo e completam-se. Lembram-se disso em cada vogal, em cada sílaba do que falam mas nunca o mencionam.
- Mas Amo-te...
- As asneiras que tu dizes!

quinta-feira, novembro 6

Desejo-te

Desejo primeiro que ames,
E que amando, também sejas amado.
E que se não fores, sejas breve em esquecer.
E que esquecendo, não guardes mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saibas ser sem desesperar.
Desejo também que tenhas amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Tu possas confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que tenhas inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Te interpeles a respeito
Das tuas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que não te sintas demasiado seguro.
Desejo depois que sejas útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para te manter de pé.
Desejo ainda que sejas tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Sirvas de exemplo aos outros.
Desejo que tu, sendo jovem,
Não amadureças depressa demais,
E que sendo maduro, não insistas em rejuvenescer
E que sendo velho, não te dediques ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que sejas triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubras
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que descubras,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à tua volta.
(...)
Desejo, outrossim, que tenhas dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloques um pouco dele
Na tua frente e digas `Isto é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum dos teus afectos morra,
Por ele e por ti,
Mas que se morrer, que possas chorar
Sem te lamentares e sofrer sem te culpares.
Desejo por fim que, sendo homem,
Tenhas uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenhas um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

quarta-feira, novembro 5

Le Mendiant

Tenho o (péssimo) hábito de escrever frases de livros em pedaços de papel, por vezes parágrafos inteiros, e gardà-los nos sítios onde sei que mais cedo ou mais tarde os encontro de novo, uma espécie de memorando daquilo que me marcou a determinado ponto.

Hoje encontrei-o no bolso e num recanto obscuro da minha memoria onde guardei o que li, escrevi e memorizei mas por alguma razão que me ultrapassa, não esqueci. Um poema de Victor Hugo escrito na língua materna do autor, tão deprimente como o tempo e tão brilhante como quem o escreveu. Não te vou maçar com o poema em si portanto descrevo-te apenas o cenário e deixo a tua imaginação fazer o resto.

Uma pequena aldeia francesa (imagina-a muito pequena com as ruas estreitas e as casas atulhadas umas nas outras, onde cheira a lareira e onde o frio se entranha nos ossos) datada de 1860, num dia em que chovia (porque a chuva acompanha sempre os cenários tristes, melancólicos e hiperboliza as personagens solitárias...). Um mendigo que sobe a ladeira sozinho, roto e triste, molhado da chuva que não pára de cair e uma alma caridosa (porque há sempre uma alma caridosa, não se tratasse este de um poema de Victor Hugo) que o convida a entrar para se aquecer, para comer, para se abrigar.

Segue-se a conversa de circunstancia, a refeição e as ilações do benfeitor relativamente ao pobre homem que caridosamente abrigou.

Depois, do nada, a imagem que não me deixou.

O mendigo estende a manta que o cobria e abrigava da chuva que caia cheia de buracos em frente ao lume. O benfeitor vê, nos buracos que deixam trespassar a luz do fogo, uma constelação de estrelas.


Victor Hugo: Passou a infância em Paris. Estadias em Nápoles e na Espanha acabaram por influenciar profundamente sua obra. Funda com os seus irmãos em 1819 uma revista, o Conservateur littéraire (Conservador literário), que já chama a atenção para o seu talento. No mesmo ano, ganha o concurso da Académie des Jeux Floraux.
O seu primeiro recolhimento de poemas, Odes, é publicado em 1822: tem então vinte anos.
Com Cromwell, publicado em 1827, alcança o sucesso. No prefácio deste drama em versos, que não foi encenado enquanto esteve vivo, opõe-se às convenções clássicas, em especial à unidade de tempo e à unidade de lugar.

Criado por sua mãe no espírito da monarquia, acaba por se convencer, pouco a pouco, do interesse da democracia ("Cresci", escreve num poema onde se justifica). A sua ideia é que "onde o conhecimento está apenas num homem, a monarquia se impõe." "Onde está num grupo de homens, deve fazer lugar à aristocracia. E quando todos têm acesso às luzes do saber, então vem o tempo da democracia". Tendo se tornado favorável a uma democracia liberal e humanitária, é eleito deputado da Segunda República em 1848, e apoia a candidatura do "príncipe Napoleon".
Exílio em Jersey (1853-55)
Exila-se após o golpe de Estado de 2 de Dezembro de 1851, que condena vigorosamente por razões morais em "Histoire d'un crime". Durante o Segundo Império, vive em exílio. É um dos únicos proscritos a recusar a amnistia decidida algum tempo depois: « Et s'il n'en reste qu'un, je serai celui-là » ("e se sobra apenas um, serei eu").

Victor Hugo morre em 1885.

quinta-feira, outubro 30

Moonlight Sonata

Foi assim que me dei conta que bates! Devagar, como o som do piano, num ritmo lento, cheio de sentido, como se cada tecla fosse um desejo, como se cada desejo fosse concedido...

Sei que ás vezes me esqueço que bates: acordo, respiro, trabalho, falo e rio. Outras tomo consciência de que existes, como o som do piano. A amplitude do dia a dia não te enquadra, já te dominou e faz-te permanecer quase sempre esquecido... Mas vem Mozart e o teu sorriso, vem Chopin e aquele arrepio, vem Bach e páras por um bocadinho, como o piano, bem de mansinho.

Tomo consciência de ti sempre que me obrigo a lembrar-te, bates agora, bates um bocadinho, tens saudade, tens vontade, embalas os desejos e ris.

Eine Kleine Nachtmusik,
Fur Elise,
Moonlight Sonata,
Prelude in C major...
sonha agora devagarinho!
Outras vezes doís, partes, ninguém te cola os pedacinhos, caís outra vez, doís mais um bocadinho, o mundo acaba e tu sempre a bater sozinho. Queres ser grande, leal, confiante e confiável, abrigar toda a gente, dar mais, dar muito, dar-te inteiro e bates bates. Quando te ouço sei que sentes, como o sentes, ouço as teclas do piano devagar devagarinho.
Não, não estás sozinho.





quarta-feira, outubro 29

Snowy Spirit

Nevou ontem na Serra da Estrela, como é do conhecimento geral não fosse a comunicação social divulgar os escassos três centímetros que por lá pernoitaram e hoje se mantiveram ao mais alto nível. Prevê-se queda de neve para os próximos dias, no entanto insuficiente, por agora, para a prática de desportos de Inverno.

Este post não se quer de informação meteorológica, então porquê falar nisso?

Pergunto-me por vezes (bastantes até) o que me levou, num primeiro momento, a criar este espaço que é tanto meu como de todos os que por aqui passam e tão gentilmente dispensam alguns minutos do seu tempo para ler as minhas opiniões, barbáries e confusas, sem grande valor literário. Dou-me conta que o Sentir e as suas diferentes formas são aqui expostas sempre sem me expor, equação essa que, em termos de partilha, dá menos para mim menos para quem me lê. Ora se bem me lembro, menos e menos dá mais, mas nunca foi boa a matemática.

Estive lá, no momento exacto em que o céu se desfaz e se deixa cair em retalhos. Estava lá quando o alto da Torre ficou salpicado de branco, como se alguém tivesse polvilhado tudo com açúcar em pó só porque assim fica mais bonito!

Cenários destes fazem-nos sempre pensar que esquecemos de Sentir ou Sentimos tanto que não nos lembramos de pensar...

Pensei em ti, sentado em frente ao computador, a calhar aqui por acaso e a leres o que te escrevi. O que sentes?

Lê!

É para ti.


E para ti.


E para ti.

segunda-feira, outubro 27

Leitmotiv


Leitmotiv: Palavra alemã que significa "motivo condutor", tema

Leitmotiv (Dramaturgia): figura de repetição, no decurso de uma obra dramática, de determinado tema.

Leitmotiv (Música): técnica de composição introduzida por Richard Wagner nas suas operas, constituindo-se em tema associado, no decurso de todo o drama musical, a uma personagem, uma situação, um sentimento, ou um objecto.

A psicanálise, a terapia, a conversa de café, os amigos servem de escape a qualquer um de nós para podermos partilhar alegrias mas sobretudo tristezas. O trabalho, a familia, este e aquele, cansaço, descrença, vontade, insultar, exultar, fazer ver, contar, partilhar! - Já viste? (Falam Falam Falam) - Estas a perceber? Revolta, Sonho - Paciência! e perguntam, perguntam sempre: - E agora? Mas nunca esperam pela resposta!
Todos somos inconformáveis e inconformistas, todos queriamos mudar o mundo.

"Se eu mandasse"...
O Leitmotiv é sempre o mesmo, o Sentimento! Pelo próprio, pelo outro, por todos, por nenhum, porque sim e porque não. Sentimento que tanto é bom como natural, doce ou amargo, cordial ou efusivo.
Faz como eu quero, faz como eu sonhei, faz assim...
Somos ou não somos iguais?
O meu espaço termina onde começa o teu, nunca onde se unem, já reparaste?!
Se eu mandasse!

"Só falei com deus uma vez e foi para lhe agradecer de ti..."

domingo, outubro 26

Falling Star

Já falei aqui de como o significado e significante nem sempre se correspondem ou têm interpretações diferentes consoante aquilo que queremos dar a conhecer. Estranho que os veículos de comunicação interpessoal se resumam apenas e só a este processo que remete o que se diz para o que queremos dizer...
Vejamos, há palavras que custam dizer: Desculpa talvez a mais dúbia uma vez que pedimos desculpa porque erramos a determinado momento, certo? Mas, na altura de errar, sabendo que erramos, não deveríamos evitar o erro para depois evitar a desculpa? Amar! Outra palavra com tanto significado e nenhum significante. Amar é o feminino de Mar, digo eu, sei eu, porque o mar acalma, revigora, é forte e enche a alma portanto deveria ser feminino desde o inicio, ser Amar porque a única vez que se transforma em feminino é quando sabe a mar.

Saber a mar, saber amar...

Caiu uma estrela naquela noite. Caiu porque desistiu, cansou-se, morreu. Viajou tão depressa que rasgou o céu num espaço tão efémero quanto o tempo e disseste-me para pedir um desejo. Eu pedi... Soube-me a mar.

sexta-feira, outubro 24

Terapia


A escrita é sem duvida uma terapia. As palavras tentam transportar informação, toda a informação possível. O que é, o que quer, o que Sente, o que precisa, o que pensa, o que decide, o que faz, o que pede, o que exige, o que pretende, o que o define...

Tudo ali, numa palavra! Ou duas! Mais talvez...


E depois? Os males entendidos, as confusões, o excesso de informação, a falta dela. Quantas palavras? Todas juntas, sem entoação ou pontuação (que diferença faz a pontuação!!!!), um turbilhão de Sentidos, todas juntas e... Num ápice, deixam de ser, de querer, de Sentir, de precisar, de pensar, de decidir, de fazer, de pedir, de exigir, de pretender, de definir...

As palavras influenciam a forma de sentir... O que sinto expresso e expresso o que sinto, no entanto nem sempre a resposta física (implícita na definição de sentir mas não na de sentimento) corresponde apenas e só ao significado que lhe é dado. Logo o significante nem sempre corresponde ao significado. Teríamos discussão (quiçá tertúlia) para debater este argumento que é meu e que expresso nas minhas palavras, mas não me vou alongar muito mais porque fujo à questão.

Escrever é partilhar, já o disse antes, é colocar em palavras sentimentos sentidos, publica-los, divulga-los, deixar que sejam de outros para que deixem de ser meus. Disseco os sentidos, culpo os sentimentos, esvazio aqui tudo quanto trago dentro nas poucas palavras que conheço que traduzem o que sinto, tudo o que sinto e não defino, fica comigo.




quinta-feira, outubro 23

Intro


Dou aqui inicio ao blog, o meu blog.

Ponderei o crescimento súbito da blogosfera e a quantidade infinita de conteúdos que aqui se podem encontrar e devo dizer que muito pesou na minha decisão este factor crescimento... Talvez assim passe despercebido o(s) Sentido(s) que tem este blog.

Desenganem-se os poetas, os linguistas e os filósofos, aqui não encontrarão nenhuma resposta. Desenganem-se os matemáticos, economistas e gestores, não há aqui nenhuma resolução. Passo a palavra aos jornalistas e fotógrafos, não tenho noticias nem imagens inéditas para vos dar.

Este é um espaço pensado para Sentir. O que sinto, o que sentem que sinto e o que quero sentir que sintam, dando e perdendo todo o Sentido lógico das pequenas questões que nos assolam... ou não!

Leio, leio muito portanto no fluir dos dedos no teclado é natural que recupere o que li e, sem maldade, torne meu alguma frase tua. Sente-te grato pois deste forma ao sentido que pensei partilhar.

Começa aqui uma jornada de desabafos sentidos que têm o único objectivo este, o de partilhar, desabafar, deixar contigo, leitor, um pouco do sentido que me dou. Vem comigo! Sentes?