sexta-feira, outubro 24

Terapia


A escrita é sem duvida uma terapia. As palavras tentam transportar informação, toda a informação possível. O que é, o que quer, o que Sente, o que precisa, o que pensa, o que decide, o que faz, o que pede, o que exige, o que pretende, o que o define...

Tudo ali, numa palavra! Ou duas! Mais talvez...


E depois? Os males entendidos, as confusões, o excesso de informação, a falta dela. Quantas palavras? Todas juntas, sem entoação ou pontuação (que diferença faz a pontuação!!!!), um turbilhão de Sentidos, todas juntas e... Num ápice, deixam de ser, de querer, de Sentir, de precisar, de pensar, de decidir, de fazer, de pedir, de exigir, de pretender, de definir...

As palavras influenciam a forma de sentir... O que sinto expresso e expresso o que sinto, no entanto nem sempre a resposta física (implícita na definição de sentir mas não na de sentimento) corresponde apenas e só ao significado que lhe é dado. Logo o significante nem sempre corresponde ao significado. Teríamos discussão (quiçá tertúlia) para debater este argumento que é meu e que expresso nas minhas palavras, mas não me vou alongar muito mais porque fujo à questão.

Escrever é partilhar, já o disse antes, é colocar em palavras sentimentos sentidos, publica-los, divulga-los, deixar que sejam de outros para que deixem de ser meus. Disseco os sentidos, culpo os sentimentos, esvazio aqui tudo quanto trago dentro nas poucas palavras que conheço que traduzem o que sinto, tudo o que sinto e não defino, fica comigo.




1 comentário:

meus instantes e momentos disse...

muito , muito bom teu blog, foi muito bom vir aqui.
Bem escrito, inteligente , bem feito.
Volto com certeza,
maurizio