quinta-feira, fevereiro 26

Carnaval

Confesso que o tema de que te falo hoje encontra-se fora de contexto, afinal o Carnaval há dias que passou. De folia em folião, as máscaras banalizam-se nestas datas... no entanto, não há um só dia que não me mascare, não há um só dia em que não te mascaras. Li muito sobre o tema das màscaras sociais para poder dissertar longamente sobre o mesmo e contrapôr vivamente tudo o que possas achar sobre este assunto! Agora, aqui sentada em frente ao computador, nenhuma màscara de sabedoria me cobre, nenhuma sapiência me assola para que, com a minha màscara de falsa modéstia, possa fazer um brilharete com as palavras......
Vou fazer diferente hoje, vou-te falar de nós!
Construo (contróis) todos os dias uma màscara. Uso (usas/usamos) vàrias durante o dia, todos os dias. Eu por exemplo, eu posso ser todas em uma: simpática, antipática, arrogante, gentil, curiosa, engenhosa, poderosa, frágil, medonha, mimada, choramingas, irritante, crente... E tu? Sou (e tu também és) quem quero (queres) ser mediante as pessoas, as situações, os momentos (que versàtil! diràs). É só um jogo que aprendi contigo, com vocês, um jogo em que participamos todos nós.
Uso a màscara para mascarar o que sou de verdade, para me proteger dos outros, para ter mais confiança em mim e no meio de tanta farsa é dificil encontrar o verdadeiro eu (o verdadeiro tu)... é díficil lidar com o que não entendemos, o que nos magoa, o que nos estranha, o que nos ignora, o que vive todos os dias sem nós, diferente e indiferente a nós. Sabes?
Um sorriso pode desarmar-me por completo! Os olhos brilham, enrubeço e cai a màscara! O que me salva dos outros é esse exacto momento que me liberta e sei quem realmente sou.

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